Archive for the 'Vinho e Dicas' Category

10
mar
13

O que é Vinho Madeira?


Olá enófiilos,

muitos se perguntam (às vezes me perguntam também) o que é o Vinho Madeira e o por que deste nome…

Será pela cor, pelo envelhecimento em tonéis de carvalho, etc???

Na verdade, o nome deriva da origem do vinho. Todo vinho Madeira é elaborado na Ilha da Madeira, um arquipélago constituído por duas ilhas habitadas – Madeira e Porto Santo – situado  a 1100 Km da costa de Portugal, país a que pertence, e a 600 km da costa africana (próximo do Marrocos e Sahara Ocidental).

Ilha da Madeira

Mas o que ele tem de tão especial?

O Vinho da Madeira é um vinho licoroso produzido na Região Demarcada da Madeira com Denominação de Origem Madeira, cujos vinhedos totalizam cerca de 400 hectares (muito pequena e por isso, um vinho para poucos). Apresenta com principais variedades de castas utilizadas na produção de vinho Madeira: Sercial, Verdelho, Boal, Malvasia e Tinta Negra. Contudo, outras castas permitidas podem também ser utilizadas.

Pode apresentar 5 diferentes graus de doçura: Extra seco (grau Baumé for igual ou inferior a 0,5º); Seco (grau Baumé inferior a 1,5º e superior a 0,5°); Meio Seco (grau Baumé entre 1º e 2,5º); Meio Doce (grau Baumé entre 2,5º e 3,5º) e Doce (grau Baumé superior a 3,5º).

A cor também apresenta variações interessantes, apresentando, geralmente as nuances de cor  âmbar, o dourado, ouro velho, cobre amarelado, castanho e mesmo algumas nuances de verde.

Cores do Vinho Madeira

A estrutura do Vinho Madeira oscila entre Leve; Encorpado; Fino; Aveludado e Amadurecido, sendo que cada estrutura apresenta características peculiares.

A característica diferencial do Vinho Madeira se dá após a vinificação das uvas, em um processo chamado “Estufagem”. Neste processo, o vinho passa um período de, no mínimo, 3 meses a uma temperatura entre 45 e 50°C. Após este período, o vinho passa pelo meno 90 dias “descansando” em temperatura ambiente.

Um fato muito interessante é que o Vinho Madeira nunca pode ser engarrafado e comercializado antes de 31 de Outubro do segundo ano seguinte à vindima.

Vinho Madeira

 

E, como deve ser feito o consumo do Vinho Madeira?

Bom, se tratando de um vinho fortificado, recomenda-se servi-lo entre 13 e 14°C quando mais jovens e entre 15 e 16°C quando mais complexos e velhos. De uma maneira geral, as temperaturas de serviço mais apropriadas dependem principalmente do seu grau de doçura, idade e da casta ou das castas que lhe deram origem.

 Existe a possibilidade da necessidade de decantar o Vinho Madeira, pois, podem ser formados depósitos ao longo dos anos. Vinhos engarrafados há alguns anos, sugere-se a transferência para um decanter, tampando-o e, após uma semana, retorná-lo para a garrafa original (para eliminar aromas voláteis derivados da alta acidez).

No vinho Madeira não se encontram os chamados aromas primários como no vinho branco ou no vinho tinto. No vinho Madeira existe sim um bouquet entre os quais se podem ser encontrados: o pinho, eucalipto, frutos secos, chocolate, laranja, café, tabaco, coco, caramelo, chá, mel, açúcar queimado, carvalho, pimenta, baunilha, cravinho, caril, noz-moscada, verniz e canela.

Independentemente do seu grau de doçura todos os Vinhos Madeira, têm pelo menos 20 gramas de açúcar residual enquanto os mais doces facilmente atingem as 60 g/l. Esta doçura é, no entanto, equilibrada por uma boa dose de acidez. O final de boca é bastante prolongado e parece ser ainda mais conforme os vinhos são mais velhos.

Muito bem, acho que é hora de falar menos e degustar mais, não é?

Um abraço e lembrem-se, apreciem com moderação!!!

Tim Tim

Fonte: IVBAM

04
jan
13

Vinhos Verdes – O que significa?


Gostou

Olá enófilos,

Outro dia fui questionado sobre a diferença entre o Vinho Verde e o Vinho Branco.

No Brasil, essa confusão é comum tendo em vista que o Vinho Verde Branco é o mais presente nas gondolas de supermercados e empórios, porem, existem Vinhos Verdes Rosés e Tintos também.

Vinho Verde retrata a região de origem do vinho (demarcada desde 1 de outubro de 1908), uma área costeira situada no noroeste de Portugal, conhecido como região entre Douro-e-Minho.

Região dos Vinhos Verdes – Portugal

Os Vinhos Verdes, de acordo com registros históricos, foram os primeiros vinhos portugueses conhecidos na Europa e, atualmente, só perdem para os Vinhos do Porto quanto a exportação.

São vinhos de características únicas, apresentando frescor, leveza, baixo teor alcoólico (menos calórico), muito frutado e ideal com refeições leves como saladas, peixes, mariscos, carnes brancas, sushi, sashimi, etc.

Por tal motivo seu consumo é muito agradável nas elevadas temperaturas que sofremos no nosso verão, podendo acompanhar também sardinhas assadas, coração de frango no churrasco e uma bacalhoada. Segundo o Sommelier Manuel Luz, pode surpreender acompanhando uma feijoada!!

A Denominação de Origem dos Vinhos Verdes foi aceita pelo OIV (Office Internacional de la Vigne et du Vin – Paris) em 1949 e pela OMPI (Organização Mundial da Propriedade Intelectual – Genebra) em 1973.

Contudo, um selo de garantia da origem e qualidade foi criado em 1959, com intenção de proteger o Vinho Verde.

Selo de Garantia – Vinho Verde

As principais variedades de uvas utilizadas na elaboração dos Vinhos Verdes são:

Principais

Castas Brancas

 

Alvarinho

Avesso

Azal

Batoca

Loureiro

Arinto (Pedernã)

Trajadura

Principais

Castas Tintas

 

Amaral (Azal Tinto)

Borraçal

Alvarelhão (Brancelho)

Espadeiro

Padeiro

Pedral

Rabo-de-Anho (Rabo-de-Ovelha)

Vinhão

 

Tim Tim

Fonte: CVR Vinhos Verdes; Revista Wine; Wikipédia.

19
dez
12

Feliz Natal e um Ano Novo de realizações


Olá enófilos,

o ano de 2012 está se finalizando e, assim, um novo ano se aproxima.

Um ano que, com certeza trará mais harmonia, amizade, vinho e dicas… tudo de bom.

Desejo que 2013 seja um ano ainda mais especial e que todas as suas esperanças e projetos se tornem realidade!!!

Nessas festas, festeje, afinal as vitórias devem ser comemoradas e as boas vindas ao futuro brindadas!!! Beba um vinho, cante, coma, ria, chore (de alegria) pois, mais um ano se passou e é hora de comemorar com aqueles que amamos!!!

Nunca deseje o mal, pense positivo… afinal, tudo o que desejamos retorna em dobro!!! Deseje vinhos (Hehehe).

A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece

com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida.

Feliz Natal e Próspero Ano Novo

Agradeço a todos que acompanharam esse blog por mais esse ano ou que começaram a acompanhá-lo agora…

Que 2013 traga ainda mais alegrias e sucesso à todos!!!

Ah!! E não se esqueçam de “estourar” um ESPUMANTE na virada do ano, hein!!!

Um abraço

Tim Tim

04
dez
12

Denominação de Origem – Brasil 2012


Olá enófilos,

é muito comum vermos nos rótulos de vinhos estrangeiros uma sigla D.O.C., não é verdade?

D.O.C. (Denominação de Origem Controlada) existe em diversos países produtores de vinho e são descritos da seguinte maneira:

  • África do Sul África do Sul: Wine of Origin
  • Austrália Austrália: Australian Geographical Indications
  • Canadá Canadá: Vintners Quality Alliance
  • Chile Chile: Denominación de Origen (DO) e Indicación Geográfica (IG), sendo a DO um tipo especial de IG
  • Estados Unidos Estados Unidos: American Viticultural Area
  • União Europeia União Europeia: Denominação de Origem Protegida (DOP), Indicação Geográfica Protegida (IGP) e Especialidade Tradicionalmente Garantida (ETG)

    • Alemanha Alemanha: Qualitätswein bestimmter Anbaugebiete (QbA)
    • Áustria Áustria: Districtus Austria Controllatus
    • Espanha Espanha: Denominación de Origen (DO)
    • França França: Appellation d’Origine Contrôlée (AOC)
    • Grécia Grécia: ονομασία προελεύσεως ελεγχομένη
    • Itália Itália: Denominazione di Origine Controllata (DOC)
    • Portugal Portugal: Denominação de Origem Controlada (DOC)
    • Reino Unido Reino Unido: Quality Wine Scheme
    • Roménia Roménia: Denumire de Origine Controlată

Pois é, essas siglas indicam que o vinho possui uma Denominação de Origem Controlada que corresponde à um sistema para certificar vinhos (e outros alimentos), garantindo qualidade, pois, devem seguir diversas normas e requisitos para tal certificação, tais como:

  • Delimitação geográfica da área
  • Tipo de solo
  • As castas autorizadas e recomendadas
  • Práticas culturais
  • Métodos de vinificação
  • Teor alcoólico mínimo natural
  • Rendimentos por hectare
  • Práticas enológicas
  • Características físico-químicas e organolépticas

Quando e aonde você comprar um vinho com tal denominação, certamente será um vinho com características únicas!!

Mas, e o Brasil, aonde entra??

O Brasil, dia 11 de setembro de 2012, obteve sua primeira Denominação de Origem oficial!!!

Vale dos Vinhedos – Primeira Denominação de Origem (D.O.) do Brasil

Agora, os produtores do Vale dos Vinhedos (RS) podem estampar o selo de D.O. nos rótulos dos seus vinhos, contudo, as principais regras para o uso desse selo são:

  • Uso de uvas e vinificação, somente local;
  • Varietais Merlot e Chardonnay (85%);
  • Blends tintos com predominância Merlot (60%);
  • Espumantes de método tradicional feitos com Chardonnay e Pinot Noir.
  • Graduação alcoólica: Tintos: mínimo de 12%, em volume; Brancos: mínimo de 11%, em volume; Espumante: máximo de 11,5%, em volume
  • Limites de produtividade: Para uvas tintas: 10 toneladas/ha ou 2,5 kg de uva por planta; Para uvas brancas: 10 toneladas/ha ou 3 kg de uva por planta; Para uvas a serem utilizadas na elaboração de espumantes: 12 toneladas/ha ou 4 kg de uva por planta.

Isso mostra que os vinhos brasileiros estão se esforçando muito para aprimorar a qualidade… e estão conseguindo!!!

Um abraço!!!

Tim Tim

Fonte: Revista ADEGA; Wikipédia, TodoVinho.

07
nov
12

Vinho engorda?


Olá enófilos,

recentemente fui questionado com o seguinte tema: ”tomar vinho engorda?

 

Bom, certamente, se consumido de maneira exagerada, o vinho engorda!! O vinho apresenta cerca de 1/8 do seu volume na forma de álcool etílico, uma substância de alta capacidade calórica, nutricionalmente, considerada vazia.

Existe um agravante quando o vinho consumido é o “SUAVE”, que, além de não ser um vinho que esbanje qualidade, possui alto teor de açúcar… que engorda.

Mas calma, o vinho não é um vilão e, se consumido corretamente, pode até colaborar nesse assunto… mas como?

Em média, uma taça de vinho apresenta cerca de 110 Kcal, cerca de 4% do consumo diário recomendado em Kcal, ou seja, o consumo equilibrado de alimentos e vinho não deve extrapolar a balança.

 

Além disso, inúmeras pesquisas científicas apontam que o vinho apresenta vantagens quando consumidos moderadamente, pois, os flavonóides (substâncias antioxidantes) e o resveratrol (um polifenol) ajudam a aumentar os índices de HDL (colesterol de alta densidade – “bom”) e reduzir o LDL (colesterol de baixa densidade – “ruim”), além de baixar os índices glicêmicos, gordura no fígado (esteatose hepática) e evitar doenças cardíacas.

Outra centena de pesquisas revelam os benefícios ligados ao consumo consciente do vinho e, desta maneira, fica claro que, sem exageros, o vinho não engorda e pode até ajudar mas, a resposta depende de cada organismo. 

Um abraço e deguste com moderação!!

Fonte: Terra, Wikipédia, Daily Mail, Emagrecer on-line

10
out
12

Bebendo e aprendendo!!


Olá enófilos,

após um certo período longe de vocês estou retornando e trazendo um post muito interessante no que se diz respeito a degustação de vinhos.

Nesta segunda-feira (08/10/2012) pude prestigiar uma degustação onde o Sommelier Arthur Azevedo (www.artwine.com.br) apresentou 4 vinhos excepcionais.

O primeiro vinho da degustação foi o Italiano da região do Vêneto – Prosecco Zonin Special Cuveé Branco – 2011:

Esse espumante é elaborado exclusivamente com uvas Glera utilizando-se o método Charmmat.

Apresenta espuma e bolhas persistentes como todo espumante de qualidade deve ser!!

Coloração límpida com tons esverdeados (no caso de Proseccos, tons amarelados significam que o vinho já passou do ponto) sem qualquer sinal de turvação.

Aromas de pera e maçã-verde.

Na boca… muito frescor, muita fruta, espuma espessa e sedosa com um leve amargor no final.

Harmonização: É um ótimo aperitivo acompanhando, no máximo, uma salada.

Serviço: entre 5 e 6oC

Ideal para esse tempo quente!!!

Valor: R$ 49,90

Obs: Surpreendente


O segundo vinho da degustação foi um chileno da região  do Vale do Curicó – Korta Barrel Selection Carménère – 2009:

Esse vinho passa 12 meses em barricas de carvalho francês, sendo elaborado exclusivamente com uvas Carménère.

Um vinho de coloração rubi e tons violáceos como é característico da uva.

Aromas de cedro, frutas vermelho escuras (ex.: ameixas) com toque floral.

Na boca apresenta taninos macios, frescor e acidez equilibrada com notas picantes no final. Um vinho de médio corpo.

Harmonização: Carnes, assados, cordeiro e massas com molho estruturado.

Serviço: entre 16 e 18oC.

Valor: R$ 29,90

Obs: Ótimo custo-benefício.

O terceiro vinho da noite foi outro chileno do mesmo vale – Korta Barrel Selection Petit Verdot – 2009:

Confesso que nunca havia experimentado um vinho elaborado com essa uva… perdi muito tempo.

Um vinho que passa 12 meses em barricas de carvalho francês, sendo elaborado exclusivamente com uvas Petit Verdot, o que garante a esse vinho um longo tempo de guarda.

Coloração extremamente escura como é característica da uva.

Aromas de frutas maduras vermelhas.

Na boca apresenta notas de tostado, chocolate e ameixa madura e muito equilíbrio.

Harmonização: Carnes, assados, cordeiro e massas encorpadas.

Serviço: entre 16 e 18oC.

Valor: R$ 29,90

Obs: Ótimo custo-benefício também!!

Com vinhos no nível que foram apresentados (e degustados), o Gran finale não poderia ser um vinho que passasse despercebido, então, um vinho italiano de importância mundial e de características únicas – Zonin Amarone Dell Valpolicella – 2008:

Um vinho elaborado com uma uva que não existe em nenhum outro lugar do mundo que suporta guarda de mais de 50 anos.

É elaborado com três uvas: CORVINA, RONDINELLA e MOLINARA.

As uvas ficam 3 meses em esteiras para desidratar antes da fermentação, gerando um vinho muito alcoólico.

Passa 2 anos em barricas de carvalho da Eslovênia.

Apresenta coloração púrpura sem nenhum sinal de evolução (o que levará ainda uns 15 anos para acontecer).

Aromas de figo seco, uva passa, café torrado e açúcar queimado (caramelo).

Na boca, apesar da graduação alcoólica (14,5o), apresenta frescor e muito corpo.

É um vinho gentil, sedoso, macio e longo…

Harmonização: Ossobuco, carnes nobres, queijo curado e parmesão.

Serviço: entre 16 e 18oC.

Valor: R$ 190,00 – É o Amarone mais barato do mercado!!!

Obs: Fantástico, Maravilhoso… Muito diferente de qualquer outro que eu tenha degustado!!

Gostaria de salientar que a degustação ficou ainda mais interessante pela presença de minha esposa e meus amigos Fernando, Camila, Hélio e Márcia!!

Não deixem de experimentar!!!

Até a próxima!!!

09
jul
12

Conhecendo os Espumantes


Olá enófilos,

 estamos vendo muitas comemorações de títulos, seja no futebol, Fórmula 1, ou qualquer outro esporte e, normalmente, são regadas a uma explosão de Champagne, porém, nem todas as comemorações são feitas com Champagne… vamos entender o por que.

 Os espumantes (vinhos com alta concentração de CO2 que liberam pequenas bolhas quando servidos) possuem diferentes denominações ao redor do mundo, sendo que todo Champagne é um espumante mas, nem todo espumante é um Champagne.

 Champagne

O champagne é o vinho mais conhecido do mundo. É o espumante elaborado pelo método champenoise exclusivamente na região francesa de Champagne (DOC – Denominação de Origem Controlada)e a partir de apenas 3 castas de uva – Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier. Após uma briga comercial, o nome champagne só pode ser vinculado ao produto desta região da França (por tal motivo o guaraná Antártica foi obrigado a retirá-lo de seu nome).

Os espumantes franceses produzidos fora da região de Champagne são conhecidsos como Mousseux, principalmente nas regiões do Loire, Alsácia e Borgonha.

Sekt

É a denominação alemã para os espumantes.

Cava

Embora tenhamos o costume de dizer “a Cava”, assim como champagne, se trata de uma palavra masculina (afinal é um vinho). O Cava é produzido na Espanha em uma das regiões pioneiras fora da região de Champagne e com mesma qualidade, porém, com melhores preços.

São produzidos em quase todo o território espanhol e podem ser elaborados, além das utilizadas para o Champagne, com as castas Malvasia Riojana, Garnacha, Monastrel e Trepat.

A Itália produz espumantes em diversas regiões e são conhecidos como Franciacorta, Asti e Prosecco.

 

Franciacorta

Os melhores espumantes da Itália também apresentam DOCG (Denominazione di Origine Controllata e Garantita) em Lombardia, a leste de Milão, próximo à cidade de Brescia.

Sua elaboração permite apenas as uvas Chardonnay, Pinot Bianco e Pinot Nero (Pinot Noir) e, por obrigação, pelo método champenoise. Também rivalizam com os melhores Champagnes e Cavas.

Asti

Um espumante adocicado de baixo teor alcoólico (Demi-sec), obtido a partir de uma técnica inventada e aperfeiçoada no Piemonte, permitindo a conservação do frescor e aroma das uvas que o elaboram, predominantemente Moscatel. Harmoniza com tortas e bolos (principalmente os de noiva).

Prosecco

O nome Prosecco deriva da uva cultivada na Itália (Província de Treviso – obtendo o DOC Conegliano-Valdobbiadene). É produzido pelo método Charmat, sendo uma bebida simples e barata, leve e com teor de açúcar mais elevado.

É possível encontrar a uva Prosecco na Serra Gaúcha e, geralmente, o Prosecco brasileiro apresenta melhor qualidade.

Espumantes brasileiros

Os melhores e mais premiados vinhos brasileiros são os espumantes, se destacando como o melhor da América do Sul e, apesar de ser o grande vinho nacional, ainda não tem nome próprio.

O Brasil também produz o Moscatel (tipo Asti) que, apesar de boa qualidade, é pouco valorizado. Combina muito bem com sobremesas à base de morangos, tortas e bolos.

Agora que sabemos o que é o que, vamos degustar!!!

Fonte: Revista ADEGA

23
jun
12

Comprando e Guardando Vinhos


Olá enófilos,

agora que sabemos o que é cada tipo de vinho e com que harmonizam, vamos ver como comprar e como guardar.

Grande parte das vezes em que estamos olhando as gôndolas de vinhos nos supermercados, procuramos por vinhos bons e baratos.

Que bom seria se comprássemos um vinho barato e guardássemos por 10 anos e ele seria comparável aos grandes vinhos… uma pena mas, isso não é verdade!!!

Normalmente, vinhos bons e baratos (não muito) são jovens e não toleram longa guarda, ou seja, devem ser consumidos em no máximo 2 anos após a compra.

Sim, 2 anos após a compra… aquele ditado que diz que, quanto mais velho o vinho, melhor não passa de uma distorção da verdade. Na verdade existem vinhos que toleram maior tempo de guarda por 10, 20 anos, como os Reservas, Gran Reservas, etc. (consequentemente são mais caros), e que melhoram durante esse período, porém, após longo tempo, podem começar a perder qualidade também.

Para garantir a guarda desses vinhos, existe a sugestão de acondicioná-los deitados (horizontalmente) para manter o contato do vinho com a rolha e, assim, evitar seu ressecamento e, consequentemente, a entrada do Oxigênio para dentro da garrafa e promover a oxidação do vinho, destruindo sua qualidade.

Outro conselho é que eles sejam guardados na ausência da luz, pois, a radiação ultravioleta também oxida os componentes do vinho prejudicando a qualidade.

A temperatura para a guarda deve ser mantida entre 12 e 18°C e, preferencialmente, com umidade em torno de 70% para colaborar na umidade da rolha. Isso permite que o vinho “envelheça” adequadamente.

Agora já sabemos como guardar nossos vinhos após a compra, e assim, será bem melhor degustá-los.

Fonte: O Livro do Vinho

10
jun
12

harmonização – vinho e alimentos – [parte 5]


Olá enófilos,

o que estão achando dos posts de harmonização? Espero que estejam ajudando!!!

Então, vamos dar continuidade falando sobre as carnes vermelhas!!!

Carne Grelhada

A harmonização entre estes vinhos e carne assada ou grelhada fica ainda melhor se a carne for servida mal passada, ainda com sangue, sendo que os vinhos tintos das uvas Malbec da Argentina e Tannat do Uruguai conseguem as melhores escolhas. Uma dica útil: carnes grelhadas vão bem com vinhos tintos amadeirados.

Carne Assada

Qualquer vinho tinto amadeirado cai bem com este tipo de prato, o mais importante é saber que toda carne vermelha quando assada harmoniza bem com vinhos tintos amadeirados. Vinhos da uva Carmenère são ótimos acompanhantes. Contudo, se quiser algo ainda mais especial para acompanhar uma carne assada, escolha algum grande vinho italiano por conta da sua complexidade e elegância.

Carne com Molho

Primeiramente, o vinho deve acompanhar com o molho, por isso, verifique os temperos utilizados – quanto mais intensos no sabor e aroma, mais potente deve ser o vinho. Suculentos e gordurosos são bem acompanhados por vinhos tintos da uva Shiraz

Cordeiro e Cabrito

Carnes de cordeiro e cabrito são assadas por muito tempo e, por isso,  acabam ficando muito macias e fazem ótimo par com vinhos da uva Cabernet Sauvignon. Quando muito condimentados, os pratos preparados com essas carnes devem ser acompanhados por um vinho mais encorpado.

Espero que eu tenha ajudado com esses posts sobre harmonização.

 

 Fonte: Vinhos Recomendados; VinhosNet.

04
jun
12

harmonização – vinho e alimentos – [parte 4]


Olá enófilos,

dando continuidade à harmonização de vinhos, vamos entender a relação com os peixes e frutos do mar.

Os vinhos que mais acompanham provenientes da água são os brancos. O mar solicita tais vinhos devido ao salinidade, o iodo e minerais presentes.

Normalmente, crus ou preparados, os peixes e frutos do mar são alimentos que necessitam de um toque de acidez, e por isso os brancos fazem o seu casamento.

Moluscos: combinam com brancos jovens e acídulos como os vinhos da uva Sauvignon blanc, ou mais minerais como a Riesling – isso depende do molho ao qual o prato é feito (Ex: molhos com ervas finas).

Crustáceos: normalmente pedem vinhos com notas amanteigadas como os Chardonnay.

Peixes: Os peixes apresentam uma variedade muito maior. Carnes brancas e firmes, brancas e macias, rosados (salmão), vermelhos (atum) que podem ser consumidos crus, grelhados ou ensopados. Por isso a harmonização se torna mais elaborada.  Via de regra devem ser acompanhados por vinhos brancos, com exceção de peixes acompanhados por molho a base de tomate, que harmonizam com vinhos rosé.

Quando crus, especialmente com comida japonesa como sushi e sashimi, espumantes brut fazem um bom par também!!!

Caso o tinto seja unanimidade, escolham vinhos leves e sem taninos.

 

Fonte: Coleção Folha – O Mundo do Vinho – A Harmonização do Vinho; O Livro do Vinho.




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